PÉ E TORNOZELO

Entorse de
tornozelo

Entorse de tornozelo

Você já teve entorse de tornozelo?

Costumo dizer aos meus pacientes que uma entorse (ou torção) do tornozelo é apenas o meio que usamos para descrever um trauma rotacional do pé. É como se estivéssemos falando que “o pé virou”, para deixar mais claro. Isto deve ser esclarecido porque esse mecanismo de trauma tem algumas lesões características que podem ocorrer conforme o grau e energia do acidente.

Sempre que ocorrem as entorses, é fundamental procurar atendimento em um pronto-socorro para um diagnóstico e tratamento iniciais adequados, mas o seguimento com um médico especialista em pé e tornozelo é fundamental, visto que o tratamento incorreto ou retardado pode gerar sequelas permanentes.

Contusões

As contusões são lesões secundárias a impactos entre ossos, articulações ou alguma superfície, durante um trauma, e se caracterizam por inflamação local. Geralmente seu diagnóstico é clínico e de exclusão, já que não são vistas pela radiografia.

Lesões ligamentares

As lesões ligamentares de tornozelo são as mais comuns durante uma entorse e podem variar desde um estiramento, até uma ruptura. O estiramento ocorre quando as fibras se esticam demais e ficam inflamadas, enquanto a ruptura é a descontinuidade dessas fibras e pode ser parcial ou total. Os ligamentos do complexo lateral do tornozelo (que ficam na parte externa) são os mais acometidos, e quando isso ocorre, há inchaço e dor no local. Geralmente hematomas e dificuldade em descarregar o peso no pé acometido, são sinais de que a lesão pode ser mais grave.

As fraturas que ocorrem durante uma torção de tornozelo decorrem da força excessiva que os ligamentos tracionam ou ossos, que cedem e acabam quebrando. Quando ocorrem nos maléolos, os “ossinhos” do tornozelo, podem dificultar a descarga de peso, mobilização da articulação e devem ser tratados de maneira que o resultado, após a consolidação, seja o mais anatômico possível.

As fraturas de outros ossos do pé, ruptura do tendão de Aquiles e lesão de cartilagem articular podem ocorrer durante ou em associação com esses traumas e seu diagnóstico, assim como tratamento, podem ser desafiadores.

O tratamento é muito variável, a depender da lesão, do seu grau e do nível de atividade do paciente. Na maioria das vezes é conservador, com imobilização, medidas para controle da dor e inflamação, bem como reabilitação por tempos variáveis, conforme o tipo da lesão e nível de atividade do paciente. 

É importante salientar que o excesso de imobilização também é prejudicial e o repouso nunca deve ser absoluto, ou seja, o paciente pode continuar realizando algumas atividades físicas, poupando somente movimentos específicos, conforme orientação médica.

Para fraturas, muitas vezes o tratamento é cirúrgico, com estabilização da fratura através de implantes. O tratamento cirúrgico das lesões ligamentares, via de regra, é aplicado a pacientes com alta demanda ou para casos crônicos e recorrentes.

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