Cifose de Scheuermann
Cifose de Scheuermann e as curvaturas da coluna vertebral
Curvaturas primárias da coluna vertebral
Para falar sobre a doença de Scheuermann, é necessário primeiro falar das curvaturas normais da coluna vertebral.
Com o paciente visto de lado, toda curvatura da coluna de convexidade anterior (cervical e lombar) e chamada de lordose, ao passo que as curvaturas de convexidade posterior (torácica e sacral) são chamadas de cifose.
Deste modo, os termos “lordose” e “cifose” como sinônimos de deformidades patológicas, muitas vezes são usados inapropriadamente, sendo mais corretos os termos “hiperlordose” e “hipercifose”.
Sobre a Cifose de Scheuermann
A cifose, ou hipercifose, causada pela doença de Scheuerman é uma doença em que ocorre uma acentuação dessa curvatura torácica em jovens. As características da deformidade são a angulação de mais de 45 graus, com grande rigidez e dor na região. A hiperlordose lombar compensatória e contratura da musculatura posterior da coxa podem estar presentes e piorar os sintomas.
O diagnóstico da doença é feito com o auxílio de exames de imagem que podem mostrar o encunhamento (formato de trapézio) de vértebras torácicas, irregularidade no local e presença de nódulos de Schmorl (herniação do disco para dentro do corpo vertebral) no ápice da deformidade.
Quem pode ter e quais as causas da Cifose de Scheuermann
Quem pode ter?
A afecção é mais comum em adolescentes jovens, acometendo até 7 vezes mais os meninos em relação às meninas.
Quais as causas da doença?
Na verdade, existem várias teorias para as alterações da doença de Scheuermann. Todas elas buscam as causas para o encunhamento das vértebras, que apresentam redução da altura na sua porção mais anterior.
De maneira geral, é consenso que existe falha do desenvolvimento anterior das vértebras, mas o porquê de isso ocorrer ainda é desconhecido.
Tratamento para Cifose de Scheuermann
O tratamento da doença se baseia principalmente em tratar as contraturas associadas. Em alguns casos, há indicação do uso de órteses (coletes), que são mais efetivos somente nos pacientes com crescimento remanescente.
O tratamento fica reservado aos casos com muita angulação, com sintomas neurológicos ou dor persistente.
