Avaliação do desenvolvimento normal e patológico
Você sabe o que é avaliação do desenvolvimento normal e patológico?
Durante a infância e adolescência, muitos pais se preocupam com o desenvolvimento motor, como idade e padrão da marcha, e com possíveis distúrbios de alinhamento dos membros superiores, inferiores e da coluna. O ortopedista costuma ser o profissional procurado, e para melhor avaliação e conduta, ele necessita conhecer os padrões de normalidade, que varia de acordo com a idade e grau de desenvolvimento de cada criança.
Se baseando em um histórico apresentado pelos pais, um exame físico adequado e, eventualmente com auxílio de exames complementares, o ortopedista pediátrico avalia possíveis alterações musculoesqueléticas e se será necessária sua correção através de alguma intervenção (terapias, uso de órteses ou procedimentos cirúrgicos) ou se elas irão se corrigir espontaneamente durante o desenvolvimento.
Por que realizar uma avaliação?
Embora o corpo passe por alterações frequentes durante o crescimento, ter o acompanhamento de um ortopedista pediátrico atua na prevenção, diagnóstico e tratamento de desenvolvimento que podem ser considerados patológicos, portanto, manter visitas regulares com o profissional se fazem necessárias para acompanhar o paciente em diferentes fases de sua vida. Vale ressaltar que as correções de algumas deformidades nos membros ou na coluna ocorrem de maneira muito menos invasiva e mais eficaz durante a fase de crescimento.
Desvios fisiológicos e patológicos
A avaliação ortopédica passa pela diferenciação de desvios motores que podem ser considerados fisiológicos, ou seja, aqueles que não só podem acontecer, como são esperados, em determinadas situações, ou então classificados como patológicos. Os desvios patológicos, por sua vez necessitam de intervenções médicas, na maioria das vezes ou um acompanhamento médico mais rigoroso.
Alterações patológicas mais comuns
As alterações patológicas mais comuns nas crianças, em geral, se situam nos membros inferiores. O ortopedista pediátrico é o profissional mais habilitado a diferenciar de situações fisiológicas e conduzir o tratamento adequado.
Os principais motivos de busca por avaliação são:
Marcha em equino
Hábito de andar na ponta dos pés, que pode ser contínuo ou ocorrer somente em situações específicas. Apesar de acometer até 15% das crianças no início da marcha, mais da metade se resolve espontaneamente até os 5 anos. O grande desafio nestes pacientes é encontrar aqueles que que irão permanecer com este hábito e também encontrar doenças associadas, como o autismo e a retração do tendão de Aquiles.
Pé plano valgo (pé chato)
Assim como a marcha em equino, o pé plano é muito frequente em crianças que acabaram de iniciar a marcha. Ele se caracteriza por uma redução do arco medial do pé e desvio interno dos tornozelos. Muito embora seja considerada uma variação da normalidade e de resolução espontânea na maioria dos casos, os meios de tratamento são pouco eficazes para a formação do arco plantar. É importante identificar os casos em que há rigidez, ou em que há necessidade de tratamentos adicionais, como o uso de palmilhas e terapias.
Joelho valgo e varo
Os desvios angulares dos joelhos, sejam eles para dentro (valgo) ou para fora (varo) são comuns esperados, dentro de certos limites em algumas idades. Um exame físico adequado permite o acompanhamento da intensidade destes desvios e possíveis causas para que ocorram, como a presença de contraturas musculares ou articulares, que requerem tratamento específico.
“Intoeing”
O “Intoeing” é o nome que se dá à marcha que ocorre com os pés apontando para dentro, ao invés de apontar para frente. Além de ser esteticamente desagradável, ela pode prejudicar o desempenho esportivo, e pode requerer tratamento. O distúrbio pode ocorrer no quadril, perna ou pé, e o tratamento pode diferir completamente caso a caso.
