infantil
Obliquidade
pélvica
O que é Obliquidade Pélvica ou Desequilíbrio da Bacia?
A bacia pode apresentar desequilíbrio ou uma inclinação, que chamamos de obliquidade pélvica. Isso pode ser a causa de sintomas e atrapalhar a marcha e a corrida em algumas pessoas e pode ser tratada, desde que seja diagnosticada corretamente e em tempo hábil.
É importante destacar que em todas as fases da vida uma pessoa apresenta uma inclinação da bacia, ou seja, ela não está presente somente em crianças ou idosos, por exemplo.
A obliquidade pélvica, que geralmente é interpretada como um “desequilíbrio da bacia”, pode ocorrer por diversas razões.
Ela pode ser provocada por alterações nos membros inferiores, na coluna ou devido à própria bacia.
Pessoas que apresentam uma das pernas mais curtas ou articulações (joelho, quadril) que não se estendem completamente (conhecidos por flexo articular) podem gerar uma obliquidade pélvica através do “rebaixamento” de um dos lados da bacia.
Eventualmente uma contratura, como o equino, onde o pé que tende a pisar mais com a ponta e contratura em adução de um dos quadris (pacientes com limitação para abertura lateral, ou da abdução, de uma das pernas) podem apresentar uma elevação da pelve, como se esse membro fosse mais comprido que o outro.
Além disso, pode haver uma inclinação dinâmica da bacia, ou seja, ocorrendo em somente uma das fases da marcha. Ela geralmente se deve a uma fraqueza dos músculos do quadril, sobretudo um conhecido como glúteo médio, o principal abdutor desta articulação.
Deformidades na coluna, como as escolioses, por sua vez, principalmente aquelas mais rígidas, podem levar a bacia a se inclinar. Nesses casos, mesmo com o paciente sentado, a pelve ainda pende para algum dos lados.
Quando ocorre agudamente, o paciente pode apresentar dor, cansaço, cãibras e claudicação (ato de mancar).
Já pacientes que apresentam a obliquidade pélvica há um tempo maior, podem apresentar todos os sintomas acima, mas eles tendem a desenvolver deformidades compensatórias para tentar reequilibrar a bacia, como alterações articulares nas pernas e escoliose na região da coluna.
Diagnóstico da Obliquidade Pélvica
Uma avaliação ortopédica completa, direcionada para as queixas do paciente é necessária, e sempre deve ser aventada essa possibilidade diagnóstica caso o paciente apresente um dos sinais ou sintomas acima.
Um exame físico detalhado já pode ser suficiente para fazer o diagnóstico do desequilíbrio da bacia, mas as reais consequências e a magnitude do problema geralmente demandam exames de imagem, como radiografias panorâmicas ou exame de marcha.
Tratamento para Obliquidade Pélvica ou Desequilíbrio da Bacia
O mais importante nesses casos é identificar, e precocemente, o problema, já que o tratamento está intimamente ligado à causa desta alteração.
Em casos de diferença no comprimento de uma das pernas, é possível alongar ou encurtar um dos membros com relativa facilidade, desde que o paciente esteja em fase de crescimento. Quando essa diferença é mínima ou o paciente deseja um tratamento menos invasivo, podemos usar palmilhas ou compensações nos calçados.
Quando há contraturas e fraquezas musculares, o tratamento de escolha, e com bons resultados, é a fisioterapia. É essencial descobrir se as alterações musculares e articulares são a causa ou uma tentativa do nosso corpo de compensar esse problema, ou seja, se for corrigida uma alteração secundária, o paciente pode ficar ainda pior.
Na dúvida, é vital que um ortopedista qualificado faça essa avaliação adequada e direcione o melhor tratamento disponível.