PÉ E TORNOZELO

Principais deformidades
dos Pés

Principais deformidades dos Pés

Deformidades dos pés são alterações na conformação dos membros, podendo ser genéticos, do desenvolvimento, ou secundária a algum trauma ou enfermidade. Ela pode impactar diretamente na qualidade de vida do paciente.

Além da deformidade estética e prejuízo no uso dos calçados, as deformidades da pisada podem provocar sobrecarga em diversos locais, acarretando tendinites, lesões ligamentares, fraturas por stress e favorecendo traumas, como quedas e entorses.

Para determinar tais deformidades, é indicada a ida a um ortopedista especialista em pés, que primeiro fará o diagnóstico e depois determinará o tratamento adequado, que pode ser tanto conservador (uso de órteses; palmilhas; terapias) quanto cirúrgico.

Deformidades mais comuns dos pés

O cavismo dos pés é determinado pelo aumento do arco plantar medial dos pés, além do varismo dos retropés, que consiste no arqueamento lateral dos tornozelos. Também é conhecido como pé “supinado”.

Ele pode ocorrer por causa indeterminada (idiopática) mas na maioria das vezes está relacionado a problemas congênitos, como pé torto, ou secundários a distúrbios neurológicos, sobretudo quando se desenvolve após a infância ou adolescência.

Quando sintomático, o pé cavo costuma cursar com dores, calosidades plantares, instabilidade dos tornozelos, com maior propensão a torções, além de maior risco de fraturas por stress.

Conforme a classificação de Valenti, há diversos graus de cavismo do pé, e o tratamento, da mesma forma, é variável. 

O tratamento conservador pode ser realizado com utilização de palmilhas, calçados próprios para esse tipo de pisada e terapias. No entanto, o tratamento cirúrgico de correção do formato do pé, associado a um reequilíbrio muscular, costuma ter melhores resultados.

É o oposto do cavo, ele se caracteriza pela retificação do arco plantar, tocando totalmente o chão. Em conjunto com o “achatamento” dos pés, há o valgismo dos retropés, que consiste na queda da borda interna dos tornozelos e maior lateralização dos calcanhares, além de ser notável uma abdução (direcionamento para lateral) dos antepés. Ele também pode ser chamado de pé “pronado”.

Ele pode ser flexível, como é comum nas crianças de um até quatro anos, ou rígido, como ocorre nos casos de coalizão tarsal ou alterações degenerativas avançadas.

Em casos de deformidade flexível, sobretudo nos graus leves, ou em crianças menores, normalmente não é necessário tratamento. Casos de deformidade mais acentuada, pacientes sintomáticos e pés rígidos podem sim precisar de tratamento.

Os sintomas que podem ser encontrados com mais frequência são fadiga, dor nos pés ou na perna, canelites e tendinites com maior frequência, sobretudo relacionados a uma pior eficiência na geração de impulso. O mais importante de se destacar em casos de pés planos, é que as palmilhas, órteses e botas não se mostraram efetivas no desenvolvimento do arco plantar e somente têm função de melhora das dores e da eficiência biomecânica dos pés. 

Dos doze anos em diante, se houver o intuito de mudança do formato dos pés, para o desenvolvimento de pés neutros, o tratamento de escolha costuma ser a cirurgia. Devido a sua grande incidência, há um tópico especificamente sobre pés planos neste conteúdo.

O pé metatarso aduto é uma alteração congênita em que ocorre desvio medial dos antepés. Ele pode ser conhecido como pé metatarso varo. É essencial destacar que o termo “aduto” vem da deformidade em adução- para dentro- do pé, e não diz respeito à faixa etária adulta. 

Esse problema, quando detectado precocemente, pode ser tratado através de trocas gessadas, seguido de um tempo relativamente curto de órtese para os pés. Ele costuma ser benigno e não recidivar, principalmente quando não está associado a síndromes genéticas, o que é muito raro.

Recentemente temos desenvolvido técnicas cada vez menos invasivas de corrigir cirurgicamente os pés quando necessário.

O pé torto congênito é um problema bem caracterizado por uma combinação de deformidades ESPECÍFICAS do pé. As deformidades são o cavismo, o equino, o verismo do retropé e a adução do antepé. 

Pode ser unilateral ou bilateral ou associado a síndromes. Seu tratamento teve uma grande mudança nos últimos 30 anos devido ao desenvolvimento de técnicas com uso de gesso pelo espanhol Ignacio Ponseti. 

Na maioria das vezes, estas trocas gessadas são seguidas da liberação do tendão de Aquiles e do uso de órtese, que vai até os 4 anos.

Devido a sua importância e sua metodologia bem estabelecida de tratamento, haverá um tópico específico sobre esta patologia.

Abrir bate-papo
Olá! Podemos ajudá-lo(a)?